sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Contando uma história ou o nascimento de nossa rádio-web

Ontem e hoje trabalhamos intensamente para colocar nossa web rádio no ar. Desde janeiro estamos testando possibilidades, primeiro colocamos algumas músicas em nosso blog e também algumas vinhetas, o resultado foi muito bom, porém, ainda não era a solução ideal.

Agora com o apoio da DITEC/SEDUC e do Projeto NAVEGAPARÁ conseguimos uma solução capaz de concretizar nosso sonho, nossa rádio adquire status de rádio profissional, de excelente qualidade técnica para os padrões da internet.

Nossos professores, alunos e comunidade em geral poderão ouvir nossa rádio com estrema simplicidade, não será necessário instalar nenhum programa adicional ou ter um super computador, tal facilidade foi possível graças ao dedicado trabalho dos técnicos da DITEC/SEDUC e dos colaboradores do NTE, professores Jorge Andrade e João Sanches.

O acesso a nossa rádio e a todas as demais que integram o Projeto Rádio-Escola da Secretaria de Estado de Educação do Pará, é pelo Portal da SEDUC. Lá o internauta deve clicar no ícone do projeto e depois escolher a rádio que deseja escutar (atualmente são três as opções).

Para completar nosso trabalho faltava escolher o nome da rádio, missão complicada, pois queríamos que o nome expressasse alguns conceitos que julgamos importantes, entre eles citamos:

1- Tinha que ser um nome de uma única palavra, nomes compostos não são interessantes para uma rádio;
2- Tinha que ter uma forte identificação com o projeto de educação que defendemos;
3- Tinha que ter certa relação com nossa cultura, com nosso Estado;
4- Tinha que agradar a equipe que está desenvolvendo a rádio do NTE.

Hoje finalmente chegamos ao nome, para isto partimos de um conceito de educação, (leia o texto publicado anteriormente a esta postagem). Depois do conceito testamos a sonoridade do nome e pensamos numa logomarca e para nossa surpresa quando juntamos tudo percebemos que encontramos um nome que aglutinava as quatro premissas que citamos anteriormente.

Então nossa rádio foi batizada de Parangolé, eis nossa logomarca





Por: Marcelo Carvalho

Ps. Por questões de ordem técnica nossas transmissões iniciarão na 2ª feira -01/03/10

Um pouco de teoria

Pedagogia do parangolé - novo paradigma em educação presencial e online

Marco Silva*

Assim como inspira a inquietação dos programadores da TV, a interatividade também pode despertar o interesse dos professores para uma nova comunicação com os alunos em sala de aula presencial e online. Afinal, tanto a mídia de massa quanto a sala de aula estão diante do esgotamento do mesmo modelo comunicacional que prevaleceu no século XX: a transmissão que separa emissão e recepção, a lógica da distribuição.

O termo apareceu na década de 1970 no contexto da crítica à mídia unidirecional e virou moda a partir de meados dos anos 80 com a chegada do computador com múltiplas janelas (windows) em rede.

Janelas que não se limitam à transmissão, permitem ao usuário adentramento labiríntico e manipulação de conteúdos.Em nossos dias, mesmo ganhando maturidade teórica e técnica com o desenvolvimento da internet e dos games, o termo interatividade sofre banalização quando usado como "argumento de venda" em detrimento do prometido mais comunicacional. Basta ver a enxurrada de aplicações do termo, desde shampoo interativo e tênis interativo até mesmo a escola interativa, nesse caso apenas por estar equipada com computador e internet e não por superar a velha pedagogia da transmissão.

Vale a pena atentar para o sentido depurado do termo interatividade que encontra seus fundamentos na arte "participacionista" da década de 1960, definida também como "obra aberta" por Umberto Eco. O "parangolé" do artista plástico carioca Hélio Oiticica é um exemplo maravilhoso dessa arte.

Interagir não é assistir

O parangolé rompe com o modelo comunicacional baseado na transmissão. Ele é pura proposição à participação ativa do "espectador" - termo que se torna inadequado, obsoleto. Trata-se de participação sensório-corporal e semântica e não de participação mecânica. Oiticica quer a intervenção física na obra de arte e não apenas contemplação imaginal separada da proposição. O fruidor da arte é solicitado à "completação" dos significados propostos no parangolé. E as proposições são abertas, o que significa convite à co-criação da obra. O indivíduo veste o parangolé que pode ser uma capa feita com camadas de panos coloridos que se revelam à medida que ele se movimenta correndo ou dançando.


Parangolé de H. Oiticica - 1964

Oiticica o convida a participar do tempo da criação de sua obra e oferece entradas múltiplas e labirínticas que permitem a imersão e intervenção do "participador", que nela inscreve sua emoção, sua intuição, seus anseios, seu gosto, sua imaginação, sua inteligência. Assim a obra requer "completação" e não simplesmente contemplação. Segundo o próprio Oiticica, "o participador lhe empresta os significados correspondentes - algo é previsto pelo artista, mas as significações emprestadas são possibilidades suscitadas pela obra não previstas, incluindo a não-participação nas suas inúmeras possibilidades também".

Esta concepção de arte (ou "antiarte", como preferia Oiticica), inconcebível fora da perspectiva da co-autoria, tem algo a sugerir ao professor: mesmo estando adiante dos seus alunos no que concerne a conhecimentos específicos, propõe a aprendizagem na mesma perspectiva da co-autoria que caracteriza o parangolé e a arte digital. O professor propõe o conhecimento. Não o transmite. Não o oferece à distância para a recepção audiovisual ou "bancária" (sedentária, passiva), como criticava o educador Paulo Freire.

Desafio para o professor

Inspirado no parangolé, o professor propõe o conhecimento aos estudantes, como o artista propõe sua obra potencial ao público. Isso supõe, segundo Thornburg & Passarelli, "modelar os domínios do conhecimento como 'espaços conceituais', onde os alunos podem construir seus próprios mapas e conduzir suas explorações,

considerando os conteúdos como ponto de partida e não como ponto de chegada no processo de construção do conhecimento". A participação do aluno se inscreve nos estados potenciais do conhecimento arquitetados pelo professor de modo que evoluam em torno do núcleo preconcebido com coerência e continuidade. O aluno não está mais reduzido a olhar, ouvir, copiar e prestar contas. Ele cria, modifica, constrói, aumenta e, assim, torna-se co-autor. Exatamente como no parangolé, em vez de se ter obra acabada, têm-se apenas seus elementos dispostos à manipulação.

O professor disponibiliza um campo de possibilidades, de caminhos que se abrem quando elementos são acionados pelos alunos. Ele garante a possibilidade de significações livres e plurais e, sem perder de vista a coerência com sua opção crítica embutida na proposição, coloca-se aberto a ampliações, a modificações vindas da parte dos alunos. Uma pedagogia baseada nessa disposição à co-autoria, à interatividade,

requer a morte do professor narcisicamente investido do poder. Expor sua opção crítica à intervenção, à modificação, requer humildade. Mas, diga-se humildade e não fraqueza ou minimização da autoria, da vontade, da ousadia. Seja na sala de aula equipada com computadores ligados à Internet, seja no site de educação a distância, seja na sala de aula "infopobre", o professor percebe que o conhecimento não está mais centrado na emissão, na transmissão.

Na era digital ou cibercultura os atores da comunicação têm a interatividade e não mais a separação da emissão e recepção própria da mídia de massa e da "cultura da escrita", quando autor e leitor não estão em interação direta. Assim o professor propõe o conhecimento à maneira do parangolé. Assim ele redimensiona a sua autoria: não mais a prevalência do falar-ditar, da distribuição, mas a perspectiva da proposição complexa do conhecimento à participação ativa dos alunos que já aprenderam com o joystick do videogame e hoje aprendem com o mouse. Enfim, a responsabilidade de disseminar um outro modo de pensamento, de inventar uma nova sala de aula, presencial e a distância, capaz de educar em nosso tempo.

*Sobre o autor:

Marco Silva, sociólogo, doutor em educação e professor da UERJ e da Estácio de Sá, é autor do livro Sala de aula interativa (Quartet, 2000) e coordenador do livro Educação online (Loyola, 2003).

Site: http://www.saladeaulainterativa.pro.br/

E-mail: aulainterativa@msm.com.br

Por: Marcelo Carvalho

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Para bom entededor....

Daquilo que eu Sei
(Ivan Lins)

Daquilo que eu sei
Nem tudo me deu clareza
Nem tudo foi permitido
Nem tudo me deu certeza...

Daquilo que eu sei
Nem tudo foi proibido
Nem tudo me foi possível
Nem tudo foi concebido...

Não fechei os olhos
Não tapei os ouvidos
Cheirei, toquei, provei
Ah Eu!
Usei todos os sentidos
Só não lavei as mãos
E é por isso que eu me sinto
Cada vez mais limpo!
Cada vez mais limpo!
Cada vez mais limpo!

Marcelo Carvalho

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Vídeos para Pesquisa e Ensino

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) lançou o Zappiens.br, serviço gratuito de distribuição de vídeos com conteúdo científico, educativo, artístico e cultural em língua portuguesa. A novidade foi feita em parceria com o Arquivo Nacional, a Universidade de São Paulo (USP), a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e a Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), de Portugal.

Inicialmente, os interessados encontrarão disponíveis para consulta materiais do próprio CGI.br, da USP e do Arquivo Nacional, como os Cinejornais – noticiários transmitidos em cinemas brasileiros entre as décadas de 1930 e 1970.

LER MAIS AQUI

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Twiter? O que é?

Acesse o Blog profmcarm.blogspot.com e conheça um pouco sobre essa ferramenta que surgiu como mediador comunicativo e educativo que permite a seus usuários o recebimento diário de mensagens via telefone celular contendo novidades do grupo ou pessoas “seguidas” por este meio. Sua utilização como mídia educativa, pode despertar o interesse dos alunos no que diz respeito a interação e fácil assimilação do conteúdo.
Postado por: Mª do Carmo
Infocentro garantem a inclusão digital

O governo do estado do Pará, na figura de sua governadora a arquiteta Ana Júlia Carepa, desenvolve desde 2008 o excelente projeto denominado Navega Pará, que tem como um de seus eixos a criação de infocentros para garantir à comunidade de baixa renda o acesso a Web e as novas tecnologias da comunicação e informação.

No último dia 22/01, às 18h, a governadora esteve na Paróquia de Confissão Luterana de Belém-PCLB, para inaugurar mais um infocentro, o Infocentro Paróquia Luterana.

Em seu discurso a governadora disse: Essa é a maior de nossas obras. Tem gente que pensa que obras públicas é só fazer prédios lindos e maravilhosos. A nossa maior obra é cuidar das pessoas".

Ana Júlia Carepa também disse que a meta para este ano é atingir 61 municípios com infocentros. E ampliar o programa Cidades Digitais, com algumas praças e logradouros públicos conectados a rede mundial de computadores por rede sem fio de banda larga. Em Belém já existem locais, como o Ver-o-Rio, onde qualquer pessoa com um laptop wireless pode navegar livremente e sem custos pela Internet.

O professor Franz Pereira, multiplicador deste NTE, colabora com o Infocentro da Paróquia Luterana, como membro de seu Conselho Gestor.

Texto original: Franz Pereira (Este Blog Minha Rua)
Postado por: Marcelo Carvalho

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cronograma

O NTE Professor Washington Luis B. Lopes assumiu o compromisso político-pedagógico de participar de todas as jornadas pedagógicas das escolas, isto é, conforme convite encaminhado por estas.

Cumprido o prometido, elaboramos este cronograma de participação nas jornadas, obedecendo à prioridade dos convites recebidos:

Dia 01/02 E. E. Dom Alberto Ramos (USE 17 – Ananindeua) – Manhã

Dia 10/02 E. E. Pedro Carneiro (USE11- Belém) - Manhã

Dia 10/02 Jornada Pedagógica da USE 08 – EE Costa e Silva – Tarde

Dia 22/02 E. E Eunice Weaver (Use 01 – Belém) – Manhã

Dia 22/02 E. E Magalhães Barata (Use 02 – Belém) – Tarde 15h

Dia 23/02 E. E Jaderlandia (Use 08 – Belém) – Manhã

Dia 23/02 E. E Renato P. Condurú (Use 01 – Belém) – Manhã

Dia 23/02 E.E. Augusto Montenegro (Use 02 - Belém) - Manhã

Dia 23/02 E.E Santos Dumont (USE 07- Belém) - Tarde

Dia 04/03 Jornada Pedagógica da USE 11 - Belém - Manhã - 8h

Dia 08/03 E. E. Tenoné (USE 11- Belém) - Tarde 13 h

Dia 12/03 E. E. David Salomão Mufarrej (USE 03 – Belém) - Manhã

Obs. Para oficializar o convite basta enviar email (ntebelem@seduc.pa.gov.br) para o núcleo indicando dia, horário, endereço da escola e a USE.


Marcelo Carvalho

Férias!!

A equipe do NTE está de férias. Teremos 15 dias para descansar e recarregar nossas energias.
Retornaremos ao trabalho no dia 21 de fevereiro e até esta data adotaremos um horário especial de funcionamento do núcleo.

Os professores interessados em fazer inscrições para nossos cursos podem nos procurar de 2ª a 6ª feira, das 8 às 14 h.

Após nosso recesso teremos muitas novidades para nossos professores e nossas escolas.

Marcelo Carvalho